terça-feira, 17 de maio de 2011

Rica Mulher ou Mulher Rica?



Recessão. Endividamento. Desemprego.

O perigoso RED. Está a crescer de tal forma no país, que dificilmente se poderá dizer quando acaba ou onde vai parar.

Cresce a miséria disfarçada. Porque o Português gosta de viver de aparências. Se o vizinho tem, porque não hei-de ter também? E já, esperar para quê? Ganha-se mil, gasta-se mil e quinhentos. Que se lixe, alguém há-de pagar.

Num país onde o RED cresce exponencialmente a cada dia que passa, entram-nos diariamente pelo telemóvel adentro a oferecer vantagens se aderirmos ao cartão de crédito todo XPTO que inventaram, com um plafond impossível de pagar.

Num país onde os valores estão cada vez mais sobrevalorizados, enche-se as crianças de valores materiais para que não percebam que os pais não estão presentes, não estão interessados, não querem saber.

Antigamente era comum ver os pais, os filhos e os bóbis a passearem no parque no domingo à tarde. Hoje os parques estão vazios. Onde estão as crianças? Com as amas? Entregues a si próprias?

Vê-se e ouve-se mães e pais nos transportes públicos, a mandarem verdadeiras postas de pescada ao ar. Mas o que aconteceria se essas postas não fossem virtuais e lhes caissem realmente em cima? Quantos veriam afinal de quanto valeria o último cartão de crédito, o último fim de semana em que saíram com as amigas, ou foram ao futebol, e não se aperceberam que os filhos cresceram e já não bebés?

E que tipo de adultos serão esses bebés no futuro? Ricos em VISAS, férteis em RED, mas pobres em valores?

Talvez os valores devessem passar a ser transmitidos por siglas e via telefone. Talvez assim não estivessem em vias de extinção.

1 comentários:

Unknown disse...

Nem mais... Eu gostava de ser uma mulher rica, mas sinceramente prefiro ser uma rica mulher !:-)

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