sábado, 11 de junho de 2011

Era uma Vez



Sou uma portuguesa típica. Saudade devia ser o meu nome do meio.

Hoje passei no youtube para entreter o meu pequerrucho com algumas musiquinhas. "A loja do Mestre André", "O Balão do João", etc...

Dali a passar para a "Ana dos Cabelos Ruivos", "Era uma Vez a Vida", "L'Aventures de Les Cités D'Or", "O Panda Tao Tao", "D'Artagnan", etc, foi um pulinho.

Isto é que eram desenhos animados. Ensinava. Ainda hoje são actuais. Não eram violentos, ou traziam a violência disfarçada, e todos os miúdos compreendiam.

Era a única maneira da minha avó ter sossego lá em casa, era das cinco às seis da tarde, em que reunia a criançada toda na sala para vermos televisão. A hora do "Brinca Brincando" era sagrada - até para ela, que se sentava connosco a ver. A hora do almoço e do "Não se Brinca com a Comida" ia longe, e havia expectativa no ar. Sabíamos o que íamos ver, e estávamos desertinhos de ver os novos episódios. Pela primeira vez no dia não havia castigos, nem bulhas, nem puxões de cabelos nem esses mimos com que as crianças se mimoseiam umas às outras - o banco dos castigos tinha o meu nome escrito lol, às vezes ainda não tinha acabado de me levantar e já lá estava outra vez.

Ainda hoje associo os glóbulos brancos do corpo aos polícias do desenho animado.

Aprendíamos enquanto víamos bonecos animados. E hoje? Murros, pontapés, sangue, violência... até tremo pelo meu filho.

Por isso, continuo a pôr estes desenhos para ele ver no computador o que a mãe via na televisão quando tinha a idade dele.

Era bastante mais saudável e educativo.

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