segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quem rouba um milhão...



No outro dia recebi um mail, saídinho das parangonas dos jornais desse dia - já não sei de qual deles - em que a mamã do nosso estimado ex-Primeiro-Ministro (para os mais distraídos é aquele tipo de cabelo cinza que conseguiu a fantástica proeza de tirar o diploma a um domingo e que tinha um nariz grande como o do pinóquio, com a diferença que aquele não crescia quando mentia) comprou uma barraquita. Não se pode dizer que a notícia em si me tenha surpreendido, afinal todos precisamos de um tecto.

O que me surpreendeu - e pela negativa, mas eu sou uma pessoa muito negativista - é que a dita senhora declarou 250 euros no IRS desse ano. Que filho tão mau! Anda uma mãe a criar um filho para quê, para que ele a deixe com 250 euros por ano? Coitadinha da senhora deve ter passado pouca larica, para ainda ter de comprar a barraquita...

Qual não é porém a minha surpresa quando descubro que a dita barraquita foi comprada a pronto pagamento, de uma conta offshore para uma empresa fantasma, e que a dita barraquita é na verdade uma vivenda toda XPTO.

Retiro o que disse. Afinal o nosso ex-PM não é mau filho, não senhora. Aprendeu foi muito bem a lição que a mamã lhe transmitiu do berço, que é roubar o mais possível ao estado português e depois enfiar o dinheiro onde Deus quer e por forma a que as finanças não consigam lá chegar.

As minhas não chegam de certeza.

O ridículo desta situação é que a senhora, tal como o filhote, descurou os pormenores. E quando se trata de mentiras - já diz o Zé Povinho, a mentira tem perna curta - convém não deixar nada ao acaso, ou é-se apanhado em flagrante. Ora o filhote comprou um diploma e não olhou para a data que mandou carimbar - faltou inteligência para percorrer o calendário e ver em que dia da semana calhava a suposta graduação - e para esconder mandou encerrar uma Universidade que de prestigiada até nem tinha muito, mas tinha alunos ao pontapé que viram os diplomas rebaixados a nada devido a esse dito senhor (recordo, para os mais distraídos, foi aquele que nos andou a encher de PEC's e mesmo assim conseguiu falir o país). Já a mamã compra uma barraquita de luxo a pronto pagamento no ano em que declara 250 euros. Deve ter faltado uns quantos zeros naquela declaração, erro que todos podemos cometer, claro. Assumindo que os temos para cometer, claro está.

Então agora vem a pergunta do jackpot: se eu não entregar o meu IRS a tempo, ou se não declarar os cinco euros que recebi de bónus do totoloto, caem-me em cima que nem rafeiros a disputar um osso já corroído.
E a estes filhos da p*** que faliram o país, vão fazer o quê, especificamente?

Fica a dúvida.

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