Era miúda e ia passar uns dias com os meus avós paternos. Mal lá chegava, procissão para a cozinha para fazer um bolinho! Era daquelas coisas fatais como o destino!
E o destino do dito bolinho? Todo e qualquer um! A seguir ao almoço com o café, a seguir ao lanche com a segunda caneca de leite, a meio da tarde, à noite à ceia... Nunca tinha tempo de ficar rijo ou seco!
Ainda hoje quando bebo uma chávena de Mokambo lembro-me de duas pessoas: o meu avô J., que ainda hoje não dispensa a sua chavenita a seguir ao almoço, e da minha querida e saudosa avó R., que fingia não saber que eu não podia (ou não devia) beber aquilo e me servia uma chávena pequena com um sorriso cúmplice e um piscar de olhos.
Ainda hoje o Mokambo me aquece a alma, mais do que o corpo. São as recordações que ficam, que perduram.
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