Não é que eu não tenha espírito desportivo – e
até tenho... às vezes – ou que ligue muita importância ao futebol. Mas
quando joga Portugal, tento prestar atenção.
Ora bem, tirando a parte em que no jogo da
Alemanha o árbitro andava a lamber as botas à Merkel – ou outra coisa
qualquer, mas sinceramente só a ideia da criatura de língua de fora até
enoja – Portugal até tem conseguido levar a água ao
seu moinho. Às vezes precisa de levar na bolacha para abrir da pestana,
mas isso são outros quinhentos.
Como todos os portugueses que se prezem, eu
tenho dois ídolos: o Eusébio e a Padeira de Aljubarrota. O Eusébio,
porque levou o meu clube mais além e pena é que não hajam mais com ele
(no meu clube, entenda-se). A Padeira, Brites de sua
graça, enfardou em seis espanhóis sozinha, munida apenas de uma pá – e
não eram seis homens do povo; estavam armados (e não era em parvos),
tinham armaduras e eram espanhóis.
Gabando-me eu de ser portuguesinha de gema,
detesto tudo quanto venha de Espanha: desde a cara balofa do rei que
gosta de andar aos tiros a animais em vias de extinção que vem cunhada
nas moedas de euro, até à língua que arranha os ouvidos
só de ouvir aquela algaraviada (mania de chamar servizio à casa de
banho! Um autista já percebeu que é uma casa de banho,estão a
chamar-lhes nomes para quê???), não há nada que se aproveite (excepto
aquela que ainda há-de vir que diz que a Espanha desapareceu,
qual Atlântida. Hope Springs Eternal!)
Ora isto tudo porquê? Porque aqueles grandes
filhos de uma grande... ah... gralha... estão a dizer que eles é que vão
estar na final com a Alemanha, que isto é favas contadas, que Portugal é
só Ronaldo, e sei lá eu mais o quê.
Ponto primeiro, que eu saiba a Itália ainda não
desapareceu em nenhuma catástrofe natural; ainda está em jogo e
garanto-vos que, por uma questão de lealdade latina, vou ser toda
italiana no dia em que jogarem. Ponto segundo, só a ideia
de perder com aqueles línguas de trapos fedorentos enoja-me quase tanto
como o cheiro do peixe cozido.
Não é que eu seja tendenciosa ou facciosa; o
problema é que sou tendenciosa e facciosa. Ou sou ou não sou. Ou gosto
ou não gosto.
E de Espanha não gosto mesmo nada, desde o povo
ao país, por mim é tudo desperdício de oxigénio. Portanto, fica aqui um
apelo à selecção portuguesa: trucidem aqueles sacanas! Mandem-nos para
casa com o ego destroçado e o rabinho entre as
pernas (e se possível abatam o avião onde eles viajarem). É que nem me
interessa se ganham ou perdem o Euro, mas esfolem aqueles tipos! Peçam à
Brites umas dicas, que ela diz-vos como é.
Não que eu seja rancorosa.
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