quarta-feira, 27 de junho de 2012

Apelo à Selecção



Não é que eu não tenha espírito desportivo – e até tenho... às vezes – ou que ligue muita importância ao futebol. Mas quando joga Portugal, tento prestar atenção.

Ora bem, tirando a parte em que no jogo da Alemanha o árbitro andava a lamber as botas à Merkel – ou outra coisa qualquer, mas sinceramente só a ideia da criatura de língua de fora até enoja – Portugal até tem conseguido levar a água ao seu moinho. Às vezes precisa de levar na bolacha para abrir da pestana, mas isso são outros quinhentos.

Como todos os portugueses que se prezem, eu tenho dois ídolos: o Eusébio e a Padeira de Aljubarrota. O Eusébio, porque levou o meu clube mais além e pena é que não hajam mais com ele (no meu clube, entenda-se). A Padeira, Brites de sua graça, enfardou em seis espanhóis sozinha, munida apenas de uma pá – e não eram seis homens do povo; estavam armados (e não era em parvos), tinham armaduras e eram espanhóis.

Gabando-me eu de ser portuguesinha de gema, detesto tudo quanto venha de Espanha: desde a cara balofa do rei que gosta de andar aos tiros a animais em vias de extinção que vem cunhada nas moedas de euro, até à língua que arranha os ouvidos só de ouvir aquela algaraviada (mania de chamar servizio à casa de banho! Um autista já percebeu que é uma casa de banho,estão a chamar-lhes nomes para quê???), não há nada que se aproveite (excepto aquela que ainda há-de vir que diz que a Espanha desapareceu, qual Atlântida. Hope Springs Eternal!)

Ora isto tudo porquê? Porque aqueles grandes filhos de uma grande... ah... gralha... estão a dizer que eles é que vão estar na final com a Alemanha, que isto é favas contadas, que Portugal é só Ronaldo, e sei lá eu mais o quê.

Ponto primeiro, que eu saiba a Itália ainda não desapareceu em nenhuma catástrofe natural; ainda está em jogo e garanto-vos que, por uma questão de lealdade latina, vou ser toda italiana no dia em que jogarem. Ponto segundo, só a ideia de perder com aqueles línguas de trapos fedorentos enoja-me quase tanto como o cheiro do peixe cozido.

Não é que eu seja tendenciosa ou facciosa; o problema é que sou tendenciosa e facciosa. Ou sou ou não sou. Ou gosto ou não gosto.

E de Espanha não gosto mesmo nada, desde o povo ao país, por mim é tudo desperdício de oxigénio. Portanto, fica aqui um apelo à selecção portuguesa: trucidem aqueles sacanas! Mandem-nos para casa com o ego destroçado e o rabinho entre as pernas (e se possível abatam o avião onde eles viajarem). É que nem me interessa se ganham ou perdem o Euro, mas esfolem aqueles tipos! Peçam à Brites umas dicas, que ela diz-vos como é.

Não que eu seja rancorosa.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Selecção "Village People" Portuguesa



Quando vi esta imagem, a primeira coisa que pensei foi: Meu Deus!!!! Os Village People reproduziram-se!!!!!

(E tive direito a um cartaz tamanho A3; não sei porquê, até porque sempre pensei que aquilo para papel higiénico era rijo, mas adiante).

Foi efectivamente o que pensei (Village People rules!) até ver que um deles era uma estátua de cera do Nani. Não, era o próprio Nani. Eh caneco, calmex que isto afinal se calhar não é a expansão do Museu da Madame Toussaud. Isto é mesmo a selecção nacional. Quem diria??

Passei os olhos pela imagem – digam lá que não é bonita – e pensei logo, não seja por falta de pose, que estes meninos andam a treinar para manequins (senão acontece como àqueles que quando acabam a carreira vão viver para debaixo da ponte porque acharam que o dinheiro era eterno).

Depois olhei para o Cristiano Ronaldo e a primeira coisa que me passou pela cabeça foi “Hitler regressou! Afinal o homem não morreu!” – depois é que vi que a braçadeira no braço do moço não era a suástica, era a bandeira de Portugal cortada. Como sempre achei que o homem na selecção não fazia nada de jeito, não deixa de ser irónico que se assemelhe tanto a Hitler. Só faltou o bigodinho.

Pelo menos o Nani “Sr-Doutor-Estátua-de-Cera” faz alguma coisa de jeito! Joga à bola, que é para isso que lhe pagam balúrdios!

Agora ver aquele juíz no meio, não sei porquê, faz-me sempre lembrar o “Quem tramou Roger Rabbit”. O Juiz Doom, subentenda-se. Sabem, aquele que era mau como as cobras, gostava de matar desenhos animados e queria constuir uma auto-estrada no meio da Cidade dos Desenhos? Aquele tão brilhantemente desempenhado por Christopher Lloyd?

Quase estava à espera de ver os fuinhas.

Tudo somado, acaba por ser uma equipa de poses que ainda não aprendeu a trabalhar em conjunto, que tem de aprender o significado da expressão “trabalho de equipa” (já a expressão “vedetismo” aprenderam que foi uma beleza, mas esta expressão só tem uma palavra, acaba por ser substancialmente mais rápida de compreensão).

Se jogarem tão bem como pousam para a fotografia, o Euro está no papo.

Ou não.