terça-feira, 30 de outubro de 2012

Entre pães e pões há várias opiniães‏



Não consigo deixar piada às pessoas que, não obstante a confusão em que as suas próprias vidas andam mergulhadas, mesmo assim gostam de mandar bitaites à vida dos outros. São aquelas pessoas que ontem diziam uma coisa e hoje já dizem outra – haja coerência!! – mas mesmo assim passam a vida a mandar postas de pescada ao ar.

A semana passada foi-me dito uma coisa pelo telefone, e com tanta mais perseverança que quem a ouvisse não a levava presa, com toda a certeza. Ontem já deu o dito pelo não dito, porque afinal a semana passada já passou, e ainda tentou meter o bedelho e mandar a boa da opinião.

Não pedi opiniões, mas mesmo que tivesse pedido, teria sempre analisado as opções e teria feito rigorosamente o mesmo, até porque não tomo atitudes de ânimo leve. Não levo propriamente meia hora a decidir se quero canela no pastel de nata, mas também não me atiro de cabeça sem pensar duas vezes.

Não consigo deixar de achar piada a quem anda a choramingar pelos cantos porque lhe estão a passar a factura do que andou a esconder durante anos, e mesmo assim ainda julga que pode atirar areia para os olhos dos outros. Allôôô??? Tenho cá estado, tenho assistido a muita coisa e não partilho a tua cegueira!

Haja coerência! Quanto mais não seja entre o que é dito de uma semana para a outra, já que entre o que é dito e o que é feito tu não consegues!

sábado, 27 de outubro de 2012

"Bati com a tola!"



“Bati com a tola”

Ouvir isto às quatro da manhã não devia ser cómico. E realmente só se tornou cómico duas horas, um duche e um café mais tarde. Mas o facto é que foi.

O meu garoto levantou-se de noite para ir à casa-de-banho, mas com tanto sono que bateu com a cabeça na ombreira em vez de a contornar. Choramingou e saiu-se com um muito ensonado “bati com a tola!”

A crise foi rapidamente resolvida, e cinco minutos depois o garoto dormia a sono solto. Mas a tola às quatro da manhã dá-me vontade de rir, mesmo que só de recordação.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Loneliness





O cansaço cola-se a mim como uma segunda pele, cada vez mais é um sacrifício levantar-me de manhã, mas tu não vês nada disto. Avalias a qualidade do que aí vem pelo cromossoma que lhe transmitiste, e consideras-te desiludido e castigado. Afastas-te e não perguntas.

Para onde foi o teu entusiasmo? Alguma vez quiseste?

Nunca te ponhas na posição de me obrigares a escolher, porque perderás. Tão certo como o sol não nascer do lado da Irlanda Ocidental, tu perderás.